Revista Biomais

ENERGIA VERDE E RENOVÁVEL

GUILHERME ELIAS

CARGO: SÓCIO DA EMPRESA ENEBRA ENERGIA

FORMAÇÃO: GRADUADO EM DIREITO, COM PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO EMPRESARIAL PELA FGV, DIREITO SANITÁRIO PELA FIOCRUZ. MESTRE EM DIREITO

Com sede em Anápolis (GO), o grupo Enebra atua no fornecimento de biomassa de eucalipto e supressão nativa em todas as suas formas, trazendo uma fonte de energia sustentável e renovável às indústrias em comparação às outras formas de combustível. Entre os serviços oferecidos estão o transporte de máquinas pesadas, a terceirização full service na produção de cavaco, e a locação de máquinas. Sócio da empresa e especialista em Direito Empresarial, Guilherme Elias falou com exclusividade à REFERÊNCIA BIOMAIS sobre o mercado brasileiro de biomassa, as expectativas e planos de expansão para 2023:

Como está o mercado de biomassa no Brasil?

O mercado brasileiro está em um momento muito favorável quanto à procura, apesar da baixa disponibilidade de maciços florestais e alto custo de operação ante os sucessivos aumentos dos equipamentos e combustíveis.

Como está o preço e a valorização do cavaco?

Os preços sofreram melhora comparado aos últimos anos, mas ainda estão defasados frente à outras fontes de energia. Apesar das valorizações percebidas, nem sempre os resultados operacionais refletem as expectativas em razão da alta valorização das florestas plantadas e dos custos.

Existem muitas opções de picadores florestais no mercado brasileiro, tanto nacionais como internacionais. E essa tecnologia atende ao mercado?

O Brasil é muito bem atendido por uma grande diversidade de picadores, com características e aplicabilidades diferentes, capazes de operar em toda diversidade de biomassa existente. A maior barreira não é na disponibilidade e sim nos custos de aquisição, tanto pela carga tributária, desvalorização do real frente ao dólar, bem como, dificuldades em financiamento.

Quais são os maiores desafios para o mercado de biomassa?

O maior desafio do setor de biomassas é a recomposição do maciço florestal compatível com o consumo projetado. Para isso, é fundamental a atuação de empresas que tenham experiência em implantação e exploração de florestas de eucalipto, bem como, no processamento legalizado do resíduo de supressão nativa voltado à produção de cavaco. É o Caso da Enebra Energia, em que desenvolvemos produtos específicos e adequados às demandas de cada cliente.

Quais as expectativas do segmento até 2023?

Ótimas perspectivas. Tanto para as novas plantas de etanol de milho, quanto para as empresas de celulose, ambas no Mato Grosso, a tendência continua sendo de aumento no consumo e incremento positivo nos preços.

Como tem sido o movimento ESG na sua área de atuação? Tem algum exemplo de iniciativa da empresa que é um diferencial em sustentabilidade, área social e/ou governança?

O ESG faz parte do DNA da Enebra. Nossas operações são baseadas na Sustentabilidade, com produtos 100% renováveis em detrimento de outras fontes de energia. Atuamos somente em florestas próprias, regularizadas e certificadas, realizando e otimizando um manejo ideal, com foco na preservação ambiental.

Entrevista da REFERÊNCIA BIOMAIS, edição 52.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *