Revista Biomais

China promete seguir com a transição para energia limpa

Maior emissora de gases estufa do mundo, nação está pronta para expandir até 2030 sua fatia de energia renovável

O movimento de transição para energia limpa na China vai continuar, apesar dos desafios à segurança energética global representados pelo conflito na Ucrânia, e do retorno ao uso do carvão pela Europa. Além disso, o país segue no caminho para cumprir suas metas de emissão de carbono, segundo autoridades chinesas do setor de energia.

Maior consumidora de energia e emissora estufa do mundo, a China está pronta para expandir a fatia de energia de combustíveis renováveis (não-fósseis) no consumo geral por uma média de 1% ao ano até 2030, segundo declaração de Zhang Jianhua, diretor da Administração Nacional de Energia. “Sob as condições apertadas de fornecimento de energia no ano passado e o retorno à energia de carvão em muitos países europeus, o desenvolvimento de energia de combustível não fóssil em nosso país continuou inabalável”, garante Zhang.

Em 2021, combustíveis não fósseis, incluindo energia eólica, solar, nuclear e hidrelétrica, forneceram 16,6% das necessidades totais de energia da China, acima dos 15,9% do ano anterior.

À medida que a guerra na Ucrânia abala os mercados globais de energia, levando os preços do gás natural e do carvão térmico a máximas recordes, a China enfatiza repetidamente a importância da segurança energética, levantando preocupações de que poderia retroceder nas metas climáticas.

A China pretende começar a cortar o uso de carvão a partir de 2026, com o presidente Xi Jinping dizendo em março que o país não pode simplesmente travar os freios no consumo.

Meta

Relatório divulgado pelo Conselho de Eletricidade da China revelam que, até 2025, as fontes de energia renovável vão representar mais da metade da capacidade total de energia instalada da China. Em 3 anos, energia de fontes como eólica, nuclear, solar e hidrelétrica serão responsáveis por 51% da capacidade total de geração de energia da China, que chegará a 3 bilhões de KW (quilowatts). Além disso, o levantamento prevê que o consumo total de eletricidade no país, até o final do ano, deve crescer de 5% a 6%. Em 2025, o consumo anual de eletricidade em todo o país vai atingir 9,5 trilhões de KW|h (quilowatts por hora) para uma taxa média de crescimento de 4,8%. Até o final do ano passado, a capacidade instalada de energia não fóssil da China era de R$ 1,11845 bilhão, representando 47% da capacidade total nacional, 13,5 pontos percentuais acima do ano anterior.

Reportagem da REFERÊNCIA BIOMAIS, edição 52.

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