Sem fronteiras

Palestina lança iniciativa inovadora no país em energia renovável

A Autoridade Nacional Palestina embarcou em um projeto para incorporar energia renovável na infraestrutura hídrica da Cisjordânia, em cooperação com a União Europeia e a Agência Francesa de Desenvolvimento. O projeto, lançado em 20 de junho, abrange as províncias de Tubas e Jenin, onde serão instaladas células solares e turbinas eólicas, uma novidade para a Palestina. A energia produzida deve ser usada para projetos hídricos, incluindo estações de tratamento de água, reduzindo assim os custos da Palestina ao importar eletricidade de Israel.

“A produção de energia limpa a partir de biomassa ou energia solar é necessária para atender ao crescimento da demanda de eletricidade na Cisjordânia, que aumenta 3,5% ao ano. Isso também é necessário para ajudar a limitar a dependência de energia de Israel”, diz Amjad el-Qanni, professor de engenharia, energia e meio ambiente na Universidade Nacional An-Najah.

O projeto custará US$ 20,3 milhões, dos quais US$ 9 milhões foram fornecidos pela União Europeia e US$ 11,3 milhões pela Agência Francesa de Desenvolvimento, de acordo com o porta-voz da Comissão da UE em Jerusalém, Shadi Othman.

“Este projeto é uma iniciativa decisiva que ajudará a conceder ao povo palestino o direito à água”, afirma o cônsul-geral francês, Pierre Cochard. “A França e a UE estão comprometidas com a implementação da reforma da água na Palestina”, acrescentou.

A iniciativa visa abastecer dois poços artesianos com energia renovável, substituindo a energia que atualmente é importada de Israel, bem como as estações elevatórias do Conselho Conjunto de Água e Saneamento de Tubas. Quando for concluído em 2022, o projeto produzirá 3,6 megawatts de eletricidade por hora.

Ziad Daraghmeh, gerente de projetos da Autoridade Palestina da Água, afirma que o projeto deve reduzir o custo operacional dos serviços de água e saneamento e reduzir os custos de energia, melhorando os serviços de água e saneamento fornecidos para 65 mil pessoas em Jenin e  50 mil pessoas em Tubas.

Já para o projeto de energia eólica, serão instaladas duas turbinas eólicas em uma área florestal na cidade de Tubas. Cada turbina produzirá cerca de 800 quilowatts-hora. Cada usina é composta por uma torre de 50 metros (164 pés) e um ventilador com três lâminas de 25 metros (82 pés) de comprimento.

Issa Dababat, engenheiro do Conselho de Serviços Conjuntos de Tubas, afirma que a iniciatva abrirá perspectivas de investimento em energia renovável, especialmente no campo da energia eólica – e também deverá reduzir a conta de eletricidade comprada de Israel e melhorar os serviços de tratamento de água e esgoto.

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