Documento coloca Brasil na esteira de redução de emissões de carbono assumida pelo Brasil no Acordo do Clima de Paris
A cogeração de energia de biomassa de cana-de-açúcar poderá crescer em 57% até 2030. As informações são de Newton Duarte, presidente da Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia), em entrevista à Reuters. O impulso principal para o crescimento, segundo ele, será o RenovaBio, política de biocombustíveis que promete impulsionar o setor sucroenergético do país a partir da estrutura já existente, aumentando a disponibilidade de biomassa e a geração via biometano.
A Política Nacional de Biocombustíveis foi sancionada em 2017, e ainda passa por regulamentação. O documento coloca o país na esteira de redução de emissões de carbono assumida pelo Brasil no Acordo do Clima de Paris.
Estimativas do governo apontam que o programa pode gerar investimentos de R$ 1,4 trilhão até 2030. Tal crescimento deve contribuir para o aumento da produção de cana e da disponibilidade de biomassa de cana-de-açúcar. A expectativa é que esse crescimento reverta anos de baixas no setor sucroenergético.
Tendência positiva
O otimismo é reforçado por figuras chave do setor: Marcelo Couto, responsável pela área de Energias Renováveis e Aquisições da Raízen Energia, afirma que a Raízen se mantém “bastante otimista” com o potencial da cogeração de energia com biomassa de cana-de-açúcar.
Segundo ele, também em entrevista a Reuters, investimentos em usinas de biomassa podem ser uma resposta rápida aos incentivos. Couto aponta ainda a expansão do mercado livre de energia elétrica como uma possibilidade de expansão da cogeração.
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