Escola que gera conhecimento e energia limpa

A partir de parcerias com a iniciativa privada, universitários pretendem adaptar uma escola municipal que integrará energia renovável, eficiência energética e modernos projetos arquitetônicos

Uma tecnologia inédita pretende tornar uma escola em Piraquara (PR) mais sustentável e mais confortável para os usuários. O projeto desenvolvido por professores e estudantes da Ufpr (Universidade Federal do Paraná) ficou entre finalistas de uma competição internacional nos EUA (Estados Unidos da América). A construção da escola deverá começar no fim deste ano, com apoio de uma empresa de São José dos Pinhais (PR).

A construção gera a própria energia elétrica, reaproveita a água das chuvas e garante conforto térmico por meio de uma tecnologia inédita desenvolvida por pesquisadores da Ufpr. A tecnologia, batizada de “capacidade térmica remota” faz o ar externo circular no subsolo, usando ventiladores para enviá-lo para dentro do edifício por cavidades nas paredes, explica o coordenador da equipe que desenvolveu o projeto, Aloísio Leoni Schmid, professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Ufpr.

“Os tubos de ar ainda passam por dentro de uma piscina de contenção de cheias, o que acelera o processo. Esse ar é previamente filtrado e desbacterizado e tem doses certas e locais estratégicos para ser insuflado na construção de modo a trazer a temperatura dos ambientes para a faixa desejada sem necessidade de ar-condicionado ou aquecedor”, diz Schmid. O professor explica ainda que a sustentabilidade do projeto também fica por conta da construção: utiliza uma estrutura de madeira laminada colada, tecnologia que está crescendo e reduz o impacto ambiental de escolas convencionais.

A escola projetada é capaz de gerar a própria energia elétrica por meio de painéis fotovoltaicos, que aproveitam a radiação solar, distribuídos no pátio e nas janelas. Além disso, o projeto leva em conta o entorno da escola e suas características específicas. “A estrutura também foi pensada para uma região com problemas de violência, buscando integrar a comunidade. A ideia apresentada foi disponibilizar equipamentos ao público aos fins de semana, como auditório, biblioteca e refeitório, criando um sentimento de pertencimento e responsabilidade pela escola”, diz o professor.

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