Revista Biomais

Criptomoeda energética

Usina elétrica em Itaobim (MG) tem capacidade de abastecer 10 mil residências e utiliza recursos de moedas digitais

Com recursos das taxas de transação da moeda digital EnyCoin (ENY) será construída a primeira usina de energia fotovoltaica do Brasil a partir de investimentos em criptomoedas.

O fomento de projetos de geração renovável de energia é visto como uma tendência que deve se intensificar a cada dia, por oferecer retorno financeiro em curto e longo prazo e menor risco que as fontes fósseis, como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, todos oriundos da decomposição de seres vivos, que trazem como principal desvantagem a poluição ambiental.

A relação entre as criptomoedas e a usina solar é simples. Quando mais movimentação da moeda digital, mais valorizada ela será e assim maiores investimentos no complexo fotovoltaico serão realizados.

Esses investimentos serão divididos em quatro fases:

  • Taxa de transação: nesta fase, uma parte da porcentagem será destinada ao empreendimento;
  • Tokenização: os interessados compram as frações das usinas solares, de acordo com os seus interesses;
  • Compradores privados: grupos receberão propostas diferenciadas para viabilizar as obras;
  • Reinvestimento sobre a produção: alavancagem, para o desenvolvimento da usina, até que a meta de construção de 15 mw seja atingida.

A primeira usina do projeto será construída em Itaobim (MG), sendo que dois projetos nos estados da Bahia e Rio de Janeiro já estão sendo desenvolvidos pela EnyCoin.

“A obra gerará emprego e renda para o município e mais: energia limpa, sustentável e renovável para todo o estado de Minas Gerais”, destacou o prefeito de Itaobim, Fabiano Fernandes (DEM).

O projeto é composto por um complexo de energia solar de grande porte, que converterá a luz do sol em corrente alternada para, depois, ser transmitida, em forma de energia elétrica, para a rede do SIN (Sistema Interligado Nacional).

Como a usina fotovoltaica será instalada em uma área isolada, a sua energia será enviada aos centros urbanos por meio das linhas de transmissão. A previsão é que cada polo, autorizado pelos órgãos competentes, trabalhe com um megawatt de potência. Uma vez que cada residência mineira consome em média 121.6 kw/mês, a usina de Itaobim terá capacidade para abastecer 10 mil casas, no mínimo, assim como os projetos no Rio de Janeiro e na Bahia.

O investimento nos complexos fotovoltaicos tem o potencial de auxiliar o Brasil a diversificar a matriz elétrica nacional, permitindo maior redução de custos de energia ao consumidor e diminuir o risco de desabastecimentos elétricos.

Atualmente, o Brasil possui 4.357 usinas fotovoltaicas em operação com uma capacidade de aproximadamente 3,84 GW, segundo informações da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

“O interesse do mercado nos ativos sustentáveis é uma predisposição irreversível. Inclusive, as práticas ESG (Environmental, social and corporate governance) estão se tornando fator legítimo de competitividade das empresas, sendo que muitas já estão adotando essas condutas. Não tem como voltar ao passado: a cada dia a preocupação com o meio ambiente se tornará o direcionamento do processo produtivo para uma gestão eficaz”, finaliza o CEO da EnergyPay, Marcos Silva.

Reportagem da REFERÊNCIA BIOMAIS, edição 49.

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